quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Vaidade

Vaidade das vaidades, tudo é vaidade... dizia o Rei Salomão em Cantares. Isso todos nós sabemos muito bem, mas será que nós compreendemos?
Das várias dúvidas que correm e percorrem pela minha cabeça, uma delas era a seguinte: Se a bíblia condena a vaidade, porque as mulheres cristãs estão sempre usando acessórios e adornos?
Permita-me esclarecer tudo...
Vaidade no hebraico advém de duas palavras. Primeiro, de habel, que significa vazio, oco; e shav, que assumia uma conotação também de vazio, mas com uma compreensão mais ligada ao abandono. No grego, vaidade é representada pelo substantivo mataiotes e também significa vazio. Temos também a palavra vão, que trata-se de algo inútil, falso, oco, vazio. Reparem, que na língua inglesa, vain, quer dizer vão, inútil e, vanity, vaidade. Às vezes é de extrema importância, saber o significado de uma mesma palavra, em vários idiomas ao mesmo tempo. Pois isso faz com que você abra sua mente para compreender o real sentido das palavras e expressões. Assim, decifrando também, o mundo a sua volta! Partindo dessas referências já podemos ter uma nova concepção. vaidade = vazio.
Quantas mulheres deixam de se cuidar achando que têm vaidade... Que estúpido pensar dessa forma! Não há problema algum em se arrumar, usar um enfeite, adorno, acessório, desde que a pessoa não faça desses objetos a sua essência, e por trás de suas roupas e tudo o mais, tenha algo para oferecer, algo imensurável, intangível. Creio eu, que a intenção de Deus a respeito da vaidade é esta. Que usemos colares, brincos, pulseiras, piercings etc, mas que não façamos do vazio, a nossa base. Até porque as mulheres da época da bíblia seguiam os costumes de suas respectivas culturas e se embelezavam, da maneira delas, antropologicamente falando. E, sim! As mulheres da bíblia tinham piercings! Não acredita? Leia o versículo 12 do capítulo 16 do livro de Ezequiel. Então, que nós possamos ter a consciência disso tudo! Que faz bem se cuidar, se arrumar, "ficar bonita". E que não podemos buscar em primeiro lugar, aquilo que é vão, aquilo que é inútil. Mas que nossas roupas e acessórios sejam apenas uma consequência das pessoas maravilhosas, completas e portadoras de um estilo de vida que tem todo um sentido!
Mulherada de todo o mundo, uni-vos!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Meu coração.

O meu coração... olha, eu não tenho nenhuma rima, nenhum trocadilho para ele. Não tenho nada de literário a dizer. Mas sabe, ele é grande! E o aluguel é caro! hahaha Brincadeira tonta!

Estive pensando muito sobre amor e amar, hoje, assim meio que do nada. Comecei a lembrar de vários meninos por quem eu já tive alguns sentimentos (diversos) e percebi que o meu coração trabalha em movimento contínuo! Lembrei que eu nunca passei um tempo sem pensar em algum menino... Lembrei que as pessoas iam aos poucos se tornando menos interessantes para mim e logo aparecia outra que me encantava e tomava seu posto. Assim... como num ritmo, uma órbita. Sinceramente? Conclui que eu nunca amei ninguém e provavelmente nunca vou amar, eu simplesmente amo por amar, assim só por estar amando. Não que meu coração nunca vai ser de alguém, vai sim. Mas eu penso que transfiro (exatamente) o sentimento que eu tenho por fulano e passo para beltrano. Da mesma forma, com tal intensidade, gênero, número, grau... se é que existe um instrumento de medida para uma coisa que para mim é imensurável! Ou seja, uma vez que amo, para sempre. Agora só depende quem vou estar amando. Pelo menos amar já é um bom começo. Parece egoísta, como se eu não me importasse com quem ou o que eu estivesse amando. Ou talvez eu mesma inventei tudo isso e não amo nada nem ninguém, talvez não seja assim tão fácil quanto eu penso, tão resumido.

Talvez eu esteja mais louca do que de costume. Mas talvez eu esteja falando sobre uma realidade, e talvez não seja só uma coisa minha, mas um sentimento presente na vida de outras pessoas. Eu não sei, eu sinto. E é o que eu estou sentindo agora. Pode ser efêmero mesmo. Mas o amanhã já não me importa.


"Viver é morrer aos poucos, na medida em que nos sentimos tolhidos na existência, e obrigados a escolher de tal forma que na proporção em que preferimos alguma coisa deixamos de lado outras, e a fixação numa é o desligar-se de outras. O processo de seleção e escolha, em que vivemos, nos faz passar pela experiência viva de nascer e morrer em cada momento de decisão." (Eduardo Prado de Mendonça)

Poeminha que eu escrevi em 2004:


Eu te amo


Tu me amas


Ela não te ama


Nós nos amamos


Vós me amais


Eles... que se fodam!



Hahahhahahahhaa!


É, eu sou tonta. Mas eu me divirto!




sexta-feira, 17 de setembro de 2010

VALEU! Thank you! Gracias! Danke!


Eu só quero agradecer a todos que lêem sempre o blog!
Todos que curtem as coisas que eu escrevo aqui!
Muito obrigada! Me motiva muito tudo isso!
Espero conseguir escrever sempre coisas legais e com mais frequência ( o que tem sido difícil).
Beijos e mais beijos!
Um ótimo final de semana a todos!

domingo, 12 de setembro de 2010

Poker Face

Nas primeiras vezes que eu ouvi a música Poker face, da Lady Gaga (aloca), eu não tinha entendido praticamente nada do que se tratava a letra. Percebi que falava sobre amor, sobre cartas de baralho, coisa e tal, mas no geral fiquei boiando... e ainda pensei : "Essa Lady Gaga é doida mesmo". Até que eu fui num cassino lá no Paraguai, no mês passado e tinha algumas coisas escritas na parede, hold em' e Texas. E de imediato eu lembrei da letra da música... "I wanna hold em' like they do in Texas please..." Só aí que eu fui ligar as coisas, a música realmente fala sobre pôquer, não é só o nome que é Poker Face (Cara de blefe, paisagem). Claro, foi inocência da minha parte, porque eu não sei jogar pôquer etc. Mas eu comecei a viajar muito nisso! Até porque eu gosto muito da comparação que a Lady Gaga faz daquilo que ela quer passar na música com as regras e expressões do pôquer, achei muito criativo! Só que, mais do que tudo isso que eu disse aí em cima, o que mais me chamou a atenção foi o termo Poker Face, ou seja, Cara de Paisagem, ou melhor, cara-de-nada. Poker Face para mim é uma arte, afinal, é muito raro você notar alguém com cara de paisagem. E você nunca sabe ao certo se é um tipo de expressão, ou simplesmente a ausência da expressão no rosto da pessoa. No pôquer, o jogador a utiliza tanto quando está eufórico porque está ganhando, quanto quando está perdendo. Esse antagonismo mexe muito comigo, porque a partir daqui eu passo a falar não só de pôquer, mas de mim mesma, que felizmente ou infelizmente sou feita de antagonismos também. Confesso, tenho um lado fleumático. Um lado que não consegue demonstrar muitos risos ou a raiva, em algumas situações. Um lado frio, calmo e equilibrado. Não que esse meu lado fleumático me agrade, muito pelo contrário, eu queria ser mais sanguínea (que é o meu temperamento comum, ou não) nas minhas atitudes. Sabe essa dualidade? É muito eu! Por isso que acabei me deixando cativar pela carinha de paisagem! E o pôquer, que achei muito interessante... quero aprender algum dia.
xoxo.

♥ ♦ ♣ ♠

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Brasil com tradições e contradições.



Embalada nesse dia de hoje, 7 de setembro... resolvi escrever sobre um tema que tenho pensado há muito tempo, Brasil com tradições e contradições, que foi tema da minha redação do vestibular da UEL em 2008.
Quando se fala em independência, logo vem a nossa mente algo muito bonito. Oh! O Brasil não depende de outras nações! O Brasil se mantém sozinho! Porém, falando na construção cultural do país, vemos uma grande contradição! Sim, isso mesmo. Porque pessoas falam menu ao invés de cardápio? Porque dizem on-line, insight, hall, e-mail, pizza, souvenir? Porque será que garçom em francês, significa menino? Bem, na verdade, somos influenciados por americanos, italianos, franceses etc. Assim como se percebe ao olhar ao redor e ver todas essas palavras estrangeiras nas ruas, escolas, empresas, bares, igrejas, ou afins. Mas cadê a originalidade? Aquilo que é intrínseco, onde foi parar? O Brasil poderia ter se tornado um país cujo idioma oficial fosse o tupi-guarani, por que não? Já que os índios que habitavam o país já falavam assim antes de chegarem os portugueses... É essa a ideia do livro "Triste Fim De Policarpo Quaresma" do Lima Barreto. Claro que é muito prático falar uma língua que é semelhante ao espanhol, italiano, francês... porque se você estuda uma, é muito mais fácil para aprender as outras... afinal todas vieram a partir do latim. Mas... porque tivemos que ser influenciados de forma tão opressora em relação ao idioma, aos hábitos, à indumentária? Seria dessa forma, um país independente? Embora possa ter sido independente político-econômicamente, a construção de uma cultura em nosso país, foi falha e convivemos com essa tal contradição.












quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O menino que descobriu as palavras


Era uma vez, um menino que, ainda bem pequenino, descobriu, todo contente, que palavra é que nem gente: umas são festa e alegria, como palhaço e folia ; outras são sempre tristeza, como doença e pobreza. Percebeu o menino que a palavra carinho até as plantas entendem, todos os seres compreendem, não se conteve e gritou : "carinho é filho do amor"! O menino descobriu, ficou feliz e sorriu, que algumas são brilho, luz, como a palavra Jesus ; outras são dura verdade, como tempo, dor, saudade ; palavras, pura beleza, como homem e natureza. Palavras, só emoção, como poesia e canção. Descobriu que a mais querida é sempre a palavra vida. O menino, então, dormiu e uma palavra o cobriu, lençol que não é de pano, feito de paz e de sono.