DESEMPREGADO

DE SEMPRE GADO.

Um dia prestei muita atenção na palavra desempregado. Separei a palavra, DE SEMPRE GADO e depois inverti, GADO DE SEMPRE. Me veio a mente uma comparação, de alguns homens na condição de desempregados. Procuram empregos todos os dias muito cedo, se submetem, às vezes se humilham, todo esse sacrifício para se tornar um "produto", uma "propriedade" nas mãos de um patrão, um gado! E um gado de sempre. De sempre, porque muitas vezes nem vemos o quanto somos ludibriados e como poderíamos ser tratados melhor e com mais dignidade. O que leva a um tipo de conformismo, sempre o gado. É fato, que para quem detém os meios de produção, a classe trabalhadora não passa de mão-de-obra. Não vem ao caso, se nós trabalhadores possuímos vida social, familiar, conjugar, religiosa etc. Não vem ao caso, se cumprimos nossos deveres e não usufruímos nossos direitos. Não vem ao caso, se somos alienados em relação ao tanto que trabalhamos e o pouco que recebemos. O que vem ao caso é mostrar serviço! Pouco me admira as comparações que o filme quanto vale ou é por quilo faz dos dias atuais com a escravidão. Muitos costumes daquela época são realidade hoje, mas são "maquiados" ou feitos indiretamente. Primeiro passo é ter consciência disso, certo. O segundo passo é lutar. Aí começa o problema. Quem quer andar na contramão? Quem quer fazer greve e ser mandado embora? Quem quer ser autonomo? (...)

Mas o primeiro passo, estamos dando. Trabalhadores do mundo, uni-vos!