quinta-feira, 3 de abril de 2014

Do lado de cá




Do lado de Ca(milla)
Tudo é muito e tudo é demais.
Tudo é intenso, tudo é denso, em tudo que eu penso
há cor e há dor, mas tudo é amor, do lado de cá.

Tudo me corrompe, se eu não rompo com o acaso
e com os descasos e que ocasionam tudo isso do lado de cá.

Tudo me encanta mas logo tudo some, tudo me consome,
porque tudo é muito rápido do lado de cá.

E logo eu esqueço e desobedeço e consumo tudo de novo.
E depois eu me acostumo e assumo que tudo é assim mesmo
do lado de cá.

Tudo me corrói, tudo me destrói e tudo isso transborda
quando nada me suporta por não comportar tanta coisa do lado de cá.

Em tudo deixo meu coração, vou fundo na contra-mão
Mas é muita intensidade apenas em vão.

É correr atrás do vento e pensar num momento
em que eu possa esquecer que tudo é demais.

E você não vai entender,
que eu sinto muito e esse é o problema, eu sinto demais.

Eu só queria dizer isso, eu sinto muito, eu sinto demais.

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